6.05.2005

Ctrl, Alt e Del: Controle + Alteridade* = Deleite**?

“His palms are sweaty, knees weak, arms are heavy. There is vomit on his sweater already. Moms forgettin' he's nervous But on the surface he looks calm and readyTo drops bombs, but he keeps on forgetting What he wrote down, the whole crowd goes so loud He opens his mouth but the words won't come out. He's choking, how? Everybody's jokin' now The clock's run out, time's up, over BLOW!”
Eminem – Lose Yourself
Uma vez vi na TV o Jorge Fernando, aquele diretor locão da Globo. O Serginho perguntou a ele qual era o maior mal da existência. Para minha surpresa (eu esperava que ele respondesse algo como pobreza, falta de educação, drogas.. uma dessas respostas sociais) ele responde que é a ansiedade. E explica-se dizendo que ela é terrível, pois ela se resume uma expectativa exagerada relacionada a algo que está para acontecer (ou pelo menos que achamos que vai). Ela é sempre desproporcional, pois chega a hora dessa coisa acontecer, ou ela passa, e vemos que fizemos a famosa tempestade num copo d´água.

Não que não deva existir sempre uma ansiedade, baixa né, pois como disse o tio Bléguer, é ela que muitas vezes nos desperta a curiosidade, aquela vontade que gera uma ação. Contudo as pessoas andam ansiosas em demasia. E invés de utilizar essa ansiedade como o gatilho para agir deixam ela crescer tanto, a cultivam tanto, que ficam embebidas nas suas hipóteses internas, do que cada passo seu vai modificar o futuro, que aquilo vai aumentando, aumentando e, e.. e........ Blow, mesmo, nada. Não se faz nada e o tempo passou. Você perdeu sua chance e outro chegou no seu lugar, afinal “oportunidades não são perdidas, a que você desperdiçou será utilizada por alguém”. E cada vez que aquela situação se repetir ela parecerá mais difícil, até se tornar um tabu.

A ansiedade é realmente uma vilã, e deve ser confrontada até sua extinção..
Esse é meu (meio pobre é verdade) recado para todo mundo que ler este post, segunda- feira - e na real todos os outros dias - é o dia de começar tudo de novo, de fazer trabalhos, tentar novidades e a ansiedade deve surgir. Então “pra cima deles Carlitos” que essa é muitas vezes a diferença entre o “mesmo que todo mundo” e o diferenciado, a exceção, o destaque.

Seja o brother travado para trovar gurias na noite de sábado, seja o Maurinho atucanado falando rápido na abertura da mesa-redonda de sexta ou seja ou Robinho de titular da seleção com 21 anos “na responsa”.

O mundo é dividido em os que realmente fazem algo e os que se perdem em si mesmos.

Pedaaaaaaaaaaaaaaaaaala Robinho! Ah! Muleque!

*Alteridade: do Lat. alteritate, diferença, diversidade; s. f., Filos., facto ou estado de ser um outro (por oposição a identidade); qualidade do que é outro ou de uma coisa diferir de outra

**Deleite: gosto íntimo e suave, delícia, voluptuosidade, regalo.

6 comentários:

Anônimo disse...

Quero ver com VICISSITUDE agora.

Anônimo disse...

Isso mesmo, faltou a vicissitudes.

Carol Disegna disse...

parece coisa de filme...
beijo!

Anônimo disse...

Belo post professor.

Anônimo disse...

Realmente isso é um problema, eu sei muito bem como é. A ansiedade já me atrapalhou bastante e ainda atrapalha.
"A grande vitória vem de pequenas vitórias sobre nós mesmos"

Daniel

Anônimo disse...

Duro, justo e verdadeiro.

Penso que heróis e vilões são uma questão de perspectiva; duas faces de uma mesma moeda, quem sabe? A evolução fracassa; nesse instante a revolução deve tomar seu lugar. Ansiedade é ao mesmo tempo obstáculo e gatilho - quisera eu ter sabedoria para saber como transformar aquele neste.

***

Guto diz:
peço permissão pra escrever o maior comment já existente na história de todos os blogs do mundo

Maurinho diz:
no meu blog?

Guto diz:
si, por supuesto

Maurinho diz:
Sinta-se em casa, tem coca na geladeira e pão no armário.